• o título só será divulgado no fim da história.
INTRODUÇÃO.
PARTE I - Minhas tardes de Sol alaranjado
Me sentia viva, a partir dali me lembro ser gente. Minha família, era estranha, ninguém amava ninguém cada um tinha um espírito diferente e nenhum deles era compatível com o meu. Tinha que ser assim e estava escrito assim. Vou descrevê-los em meu conceito, espero não ser injusta. O meu pai era uma pessoa amarga e nunca ligou para o que os outros sentiam, em minha vida só o vi chorando de verdade 3 vezes. Minha mãe era a maior das vítimas segundo ela, e nunca me dava brecha para falar algo que pudesse contrariá-la, compreensível! Ou não. Minha avó era um pessoa totalmente misteriosa. Meu avô, não cansava de me mimar e eu realmente amava isso! O meu cachorro, meu melhor e único amigo. Era tão doce e tão carinhoso comigo, seu espírito e o do meu avô eram parecidos.
Todos os dias naquela casa eram normais, porque eu mal conseguia brincar, sempre tinha alguém me vigiando. Eu tinha certeza de que naquela casa eu não iria conseguir ser feliz, porém eu poderia estar enganada. Com 5 anos eu já conseguia entender todos os problemas que moravam comigo e com a minha família. Inclusive o de ter algo estranho na maneira com que todos me olhavam, talvez eu fosse muito bonita ou muito feia. Desde que me lembro de minha existência, todos os dias às 17:00 horas da tarde eu sentava na sacada de minha avó para ver o pôr do Sol e quando estava frio eu adorava ver a noite surgir no horizonte branco de frio cortante. Completei 7 anos e entrei na escola, era um ambiente completamente novo para mim, mas eu gostei.. não fiz nenhum amigo no primeiro dia, porque certamente as outras crianças tinham um pouco de receio de chegar perto de mim, afinal eu nem sequer falava ! Ao chegar em casa contei para a minha mãe tudo o que eu havia aprendido, mas como de costume ela mandou eu me calar porque estava ocupada costurando e pensando no que iria fazer para agradar meu pai, eu achava isso inútil pois ele nunca se sentia feliz com nada. Dava pena porque ela se esforçava bastante, bem que ela poderia ter se dedicado um pouco mais para me agradar também. Pois bem, Era inútil falar com algum humano de minha família, então fui conversar com meu cachorro e lhe contei tudo o que aprendi, de recompensa ganhei uma lambida na ponta do nariz e me senti muito feliz. Estava lá brincando com meu cachorrinho e minha mãe me chamou para almoçar, a comida estava deliciosa, era carne assada com batatas o que o meu pai mais gostava. Minha mãe sentindo-se feliz por ter feito a comida predileta de meu pai, pacientemente esperou que ele dissesse algo, eu havia terminado minha refeição e meu pai também, logo depois ele tomou seu suco de uva e se retirou sem nem ao menos olhar pro rosto de alguém. Minha mãe sem dizer absolutamente nada tirou a mesa, e foi lavar suas louças brilhantes de prata que por sinal eram as que o meu pai mais gostava.
Continuação da história na próxima postagem, Obrigado :D
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